domingo, 13 de maio de 2012

                Biografia de Paulo Freire

Nome completo: Paulo Reglus Neves Freire
Nascimento: 19 de setembro de 1921 (Recife - Pernambuco)
Falecimento: 02 de maio de 1977
Nacionalidade: Brasileiro
Ocupação: Educador
Escola/Tradição: Marxista
Principal Interesse: Educação
Filiação: Joaquim Temístocles Freire e Edeltrudes Neves Freire

Paulo Freire foi alfabetizado pela mãe, que o ensina a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da família. Com 10 anos de idade, a família mudou para a cidade de Jaboatão.
É considerado um dos pensadores mais notáveis nahistóriadaPedagogiamundial, tendo influenciado o movimento chamada pedagogia crítica.
Destacou-se por seu trabalho na área daeducação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação daconsciência política. Autor dePedagogia do Oprimido, um método de alfabetização dialético, se diferenciou do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático.
Sua família fazia parte da classe média, mas Freire vivenciou apobrezae afomena infância durante adepressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário[método de alfabetização]. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e naÁfrica.

Obras do educador Paulo Freire:


A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961.


Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.


Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.


Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.


Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.


A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.


A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.


Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.


Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.


Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.


À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.


Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.


Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.


Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.


Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001

Concepção de Escola, Ensino e Aprendizagem

Por: Paulo Freire

Paulo Freire escreveu diversos livros, um deles foi Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Este livro aborda o processo de formação do docente enquanto sujeito democrata, objetivando a sua própria autonomia, assim como, a do discente.


Nesta obra Paulo Freire defende uma pedagogia baseada na ética, respeito, dignidade e na autonomia do educando. Através dela, demonstra a importância da participação dos discentes, suas curiosidades e indagações, suas vivências adquiridas no meio social ao qual está inserido. Além disso, propõe um ensino que visa a consciência de que as pessoas são seres inacabados e que estão em constante processo de aprendizagem e, que neste processo, educadores e educandos, devem estar dispostos à troca de experiências, pois, são nessas trocas que ocorrem o ensino-aprendizagem.
Demonstra também a importância do ato de educar, pois, através da educação que se formam os cidadãos conscientes e críticos. Os professores devem estar sempre em busca de conhecimento e permitir a troca de experiências com os discentes. O educador deve estimular a curiosidade dos alunos, pois através dela os mesmos desenvolvem a criticidade, fator de suma importância para Paulo Freire.
Paulo Freire destaca a importância da ética entre professores e alunos e defende que “ensinar não é transferir conhecimento”, pois, deve-se respeitar o conhecimento que o aluno traz, respeitando a sua identidade. Dessa forma é possível conhecer mais o aluno, pois, para passar conhecimento é necessário que o professor esteja envolvido com ele e, também estimular os alunos a desenvolverem seus pensamentos, mediando-os a “pensar certo”.
Para Paulo Freire educar também é ensinar o respeito às diferenças entre as pessoas, extinguindo qualquer forma de discriminação.
No livro ele aborda alguns conceitos indispensáveis à prática educativa. E também ressalta as qualidades que um bom educador tem, como por exemplo: a ética, o bom senso, a humildade, a responsabilidade, a tolerância e etc.
Destaca que a autoridade do educador é importante para se fazer respeitado, assim como a segurança e o conhecimento. Porém, diferencia a autoridade democrática da mandonista. Dessa forma, defendendo que através da educação é possível criar uma sociedade mais justa e mais humana, sendo o professor o mediador para tal mudança social.
Ele delineia algumas atitudes para que o professor atue em sala de aula de forma a fazer progredir uma nova consciência aos futuros educandos.
De acordo com o livro a pedagogia da autonomia deve estar centrada em experiências estimuladoras da decisão e responsabilidade
Através deste livro foi possível perceber as concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem na visão de Paulo Freire.

Resumindo

Concepção de Escola
Paulo Freire percebe a escola como sendo um local que deve favorecer a uma aprendizagem significativa. Na escola as relações entre os professores e alunos deve haver um respeito de ambas as partes.

Concepção de Ensino
Paulo Freire considera o ensino como sendo um processo de buscar, indagar, constatar, intervir e educar. Para que aconteça o processo de ensino, exige-se que haja conhecimento e, consequentemente a troca de saberes, ou seja, os indivíduos juntos trocarão informações adquiridas, sempre respeitando os conhecimentos do senso comum e a capacidade criadora de cada um. Desta forma, segundo Paulo Freire ambos (discentes e docentes) compõem o processo ensino-aprendizagem.

Concepção de Aprendizagem
De acordo com Paulo Freire (2008, p.22) “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. O professor deve transmitir o conhecimento, porém, deve proporcionar aos alunos o entendimento do que foi transmitido. Contudo, permitir que os discentes exponham as suas ideias, dando um novo sentido ao conhecimento adquirido, valorizando as interações e a pluralidade de opiniões. Valorizar sempre tanto os erros quanto os acertos, pois, ambos contribuirão para o alcance do real conhecimento, fazendo com que o aluno tente buscá-lo incessantemente de forma autônoma e prazerosa. 


A ESCOLA

PAULO FREIRE

“Escola é...
O lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor na medida que cada um se comporte como colega, irmão.
Nada de ilha cercada de gente por todos os lados.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só educar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se amarrar nela!
Ora, é lógico...
Mesma escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz”.




Referência Bibliográfica

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. ed. 37. São Paulo: Paz e Terra. 2008


Nenhum comentário:

Postar um comentário