Nome completo: Paulo Reglus Neves
Freire
Nascimento: 19 de setembro de 1921 (Recife
- Pernambuco)
Falecimento: 02 de maio de 1977
Nacionalidade: Brasileiro
Ocupação: Educador
Escola/Tradição: Marxista
Principal Interesse: Educação
Filiação: Joaquim Temístocles Freire
e Edeltrudes Neves Freire
Paulo Freire foi alfabetizado pela mãe, que o
ensina a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da família.
Com 10 anos de idade, a família mudou para a cidade de Jaboatão.
É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial,
tendo
influenciado o movimento chamada
pedagogia crítica.
Destacou-se por seu trabalho na área da educação
popular, voltada tanto para
a escolarização como para a formação da consciência
política. Autor de Pedagogia
do Oprimido,
um método de alfabetização dialético, se diferenciou do
"vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre
defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo
de ser realmente democrático.
Sua família fazia parte da classe média, mas
Freire vivenciou a pobreza e a fome na
infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar
com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário [método de alfabetização]. Por seu empenho em ensinar os mais pobres,
Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores,
especialmente na América Latina e na África.
Obras
do educador Paulo Freire:
A propósito de uma
administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961.
Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos
Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963:
5-22.
Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez
Editora, 1982.
A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.
Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco).
Recife: CNI/SESI, 1997-b.
Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001
Concepção de Escola, Ensino e Aprendizagem
Por: Paulo Freire
Paulo Freire escreveu
diversos livros, um deles foi Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à
prática educativa. Este livro aborda o processo de formação do docente enquanto
sujeito democrata, objetivando a sua própria autonomia, assim como, a do
discente.

Nesta obra Paulo Freire
defende uma pedagogia baseada na ética, respeito, dignidade e na autonomia do
educando. Através dela, demonstra a importância da participação dos discentes,
suas curiosidades e indagações, suas vivências adquiridas no meio social ao
qual está inserido. Além disso, propõe um ensino que visa a consciência de que
as pessoas são seres inacabados e que estão em constante processo de
aprendizagem e, que neste processo, educadores e educandos, devem estar
dispostos à troca de experiências, pois, são nessas trocas que ocorrem o
ensino-aprendizagem.
Demonstra também a
importância do ato de educar, pois, através da educação que se formam os
cidadãos conscientes e críticos. Os professores devem estar sempre em busca de
conhecimento e permitir a troca de experiências com os discentes. O educador
deve estimular a curiosidade dos alunos, pois através dela os mesmos
desenvolvem a criticidade, fator de suma importância para Paulo Freire.
Paulo Freire destaca a importância
da ética entre professores e alunos e defende que “ensinar não é transferir
conhecimento”, pois, deve-se respeitar o conhecimento que o aluno traz,
respeitando a sua identidade. Dessa forma é possível conhecer mais o aluno,
pois, para passar conhecimento é necessário que o professor esteja envolvido
com ele e, também estimular os alunos a desenvolverem seus pensamentos,
mediando-os a “pensar certo”.
Para Paulo Freire educar
também é ensinar o respeito às diferenças entre as pessoas, extinguindo
qualquer forma de discriminação.
No livro ele aborda alguns
conceitos indispensáveis à prática educativa. E também ressalta as qualidades
que um bom educador tem, como por exemplo: a ética, o bom senso, a humildade, a
responsabilidade, a tolerância e etc.
Destaca que a autoridade do
educador é importante para se fazer respeitado, assim como a segurança e o
conhecimento. Porém, diferencia a autoridade democrática da mandonista. Dessa
forma, defendendo que através da educação é possível criar uma sociedade mais
justa e mais humana, sendo o professor o mediador para tal mudança social.
Ele delineia algumas atitudes
para que o professor atue em sala de aula de forma a fazer progredir uma nova
consciência aos futuros educandos.
De acordo com o livro a pedagogia
da autonomia deve estar centrada em experiências estimuladoras da decisão e
responsabilidade
Através deste livro foi
possível perceber as concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem na visão de
Paulo Freire.
Resumindo
Concepção de Escola
Paulo Freire percebe a escola
como sendo um local que deve favorecer a uma aprendizagem significativa. Na
escola as relações entre os professores e alunos deve haver um respeito de
ambas as partes.
Concepção de Ensino
Paulo Freire considera o
ensino como sendo um processo de buscar, indagar, constatar, intervir e educar.
Para que aconteça o processo de ensino, exige-se que haja conhecimento e,
consequentemente a troca de saberes, ou seja, os indivíduos juntos trocarão
informações adquiridas, sempre respeitando os conhecimentos do senso comum e a
capacidade criadora de cada um. Desta forma, segundo Paulo Freire ambos
(discentes e docentes) compõem o processo ensino-aprendizagem.
Concepção de Aprendizagem
De acordo com Paulo Freire
(2008, p.22) “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades
para a sua produção ou a sua construção”. O professor deve transmitir o
conhecimento, porém, deve proporcionar aos alunos o entendimento do que foi
transmitido. Contudo, permitir que os discentes exponham as suas ideias, dando
um novo sentido ao conhecimento adquirido, valorizando as interações e a
pluralidade de opiniões. Valorizar sempre tanto os erros quanto os acertos, pois,
ambos contribuirão para o alcance do real conhecimento, fazendo com que o aluno
tente buscá-lo incessantemente de forma autônoma e prazerosa.
A ESCOLA
PAULO FREIRE
“Escola é...
O lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor na medida que cada um se comporte como colega, irmão.
Nada de ilha cercada de gente por todos os lados.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só educar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se amarrar nela!
Ora, é lógico...
Mesma escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz”.
PAULO FREIRE
“Escola é...
O lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor na medida que cada um se comporte como colega, irmão.
Nada de ilha cercada de gente por todos os lados.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só educar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se amarrar nela!
Ora, é lógico...
Mesma escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz”.
Referência Bibliográfica
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. ed. 37. São Paulo: Paz e Terra. 2008
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