domingo, 13 de maio de 2012







 
 ANISIO TEIXEIRA

                                     Biografia



Anísio Spínola Teixeira nasceu em Caetité (BA), em 12 de julho de 1900, numa família de fazendeiros. Estudou em colégios jesuítas em Caetité e em Salvador.

Em 1922, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, no Rio de Janeiro.
Com apenas 24 anos, foi nomeado inspetor geral de Ensino do Estado da Bahia.

Em 1928, estudou na Universidade de Columbia, em Nova York, onde conheceu o pedagogo John Dewey.

Em 1931, foi nomeado secretário de Educação do Rio. Em sua gestão, criou uma rede municipal de ensino completa que ia da escola primária à universidade.

Em abril de 1935, completou a montagem da rede de ensino do Rio com a criação da Universidade do Distrito Federal (UDF). Ao lado da Universidade de São Paulo (USP), inaugurada no ano seguinte, a UDF mudou o ensino superior brasileiro, mas ela foi extinta em 1939, durante o Estado Novo.
Em 1935, perseguido pelo governo de Getúlio Vargas, Anísio refugiou-se em sua cidade natal, onde viveu até 1945. Nesse período, não atuou na área educacional e se tornou empresário.

Em 1946, ele assumiu o cargo de conselheiro da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). No ano seguinte, com o fim do Estado Novo, voltou ao Brasil e novamente tomou posse da Secretaria de Educação de seu Estado. Nessa gestão, criou, em 1950, o Centro Educacional Carneiro Ribeiro, em Salvador, a Escola Parque.

Em 1951, assumiu o cargo de secretário-geral da Campanha de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (Capes) e, no ano seguinte, o de diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (Inep), onde ficou até 1964.
 

Anísio foi um dos idealizadores da Universidade de Brasília (UnB), fundada em 1961. Ele entregou a Darcy Ribeiro, que considerava como seu sucessor, a condução do projeto da universidade.
  
Em 1963, tornou-se reitor da UnB. Com o golpe de 1964, acabou afastado do cargo. Foi para os Estados Unidos, lecionar nas universidades de Columbia e da Califórnia.
Voltou ao Brasil em 1965. Em 1966, tornou-se consultor da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Morreu em 11 de março de 1971, de modo misterioso. Seu corpo foi encontrado no poço do elevador de um edifício no começo da Avenida Rui Barbosa, no Rio. A polícia considerou a morte acidental, mas a família do educador suspeita de que ele possa ter sido vítima da repressão do governo do general Emílio Garrastazu Medici.


L I V ROS  E S C R I T O S

  • Aspectos americanos de educação. Salvador. Tip. De São Francisco, 1928, 166 p. 
  • A educação e a crise brasileira. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1956, 355 p. 
  • Educação é um direito. 2a. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1996, 221 p. 
  • Educação e o mundo moderno. 2* ed. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1977, 245 p. 
  • Educação e universidade. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1998, 187 p. 
  • Educação no Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional 1969, 385 p. 
  • Educação não é privilégio. 5a. ed. Rio de Janeiro.- Editora UFRJ, 1994, 250 p. 
  • Educação para a democracia: introdução à administração educacional. 2a. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997, 263 p. 
  • Educação progressiva: uma introdução à filosofia da educação. 2a. ed. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1934, 210 p. 
  • Em marcha para a democracia: à margem dos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, s.d., 195 p. 
  • Ensino superior no Brasil: análise e interpretação de sua evolução até 1969. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1989, 186 p. 
  • Pequena introdução à filosofia da educação: a escola progressiva ou a transformação da escola. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1968, 150 p. 
  • TEIXEIRA, Anísio e ROCHA E SILVA, Maurício. Diálogo sobre a lógica do conhecimento. São Paulo: Edart Editora, 116 p. 

















 Resumo do Livro de Anísio Teixeira: A sua concepção sobre escola, ensino e aprendizagem



Este texto refere-se ao livro “Pequena Introdução à Filosofia da Educação – Escola Progressiva ou a Transformação da Escola”, publicado por Anísio Teixeira no ano de 1968, onde ele relata as transformações que a sociedade brasileira passava no ano de 1930 e onde se preocupavam na perda de velhos valores do que na conquista de novos, posicionando contra essas mudanças e colocando a responsabilidade de tais acontecimentos na escola.
Foi o momento em que se começou uma luta pelos educadores para que a escola também acompanhasse essas transformações sociais, procurando seguir a teoria da educação e escola nova.
Para o autor, o nome de escola Nova ou progressista era uma questão de que a sociedade ter observado que se precisava de uma transformação, pois se varias áreas como a medicina e a engenharia já acompanhavam essas transformações, onde as coisas começam a se formar e se modificar, tomando um novo formato, uma nova estrutura e um novo cenário, por isso a educação também precisava rever e atualizar seus métodos e critérios de trabalhar no ensino-aprendizagem na escola.
A escola também era vista como casas pacíficas de cultura literária e artística, destinadas a atuar na formação de um corpo de fieis às tradições do estudo e saber.
A idéia através dessa obra é compreender a renovação e transformação que a escola vem passando no decorrer dos tempos, transformações essas que está muito ligada às novas atitudes de ensinar, deixando de lado o modo tradicional, onde o ensino era voltado a formar indivíduos submissos e conformados com as situações, e é onde renasce uma escola nova ou progressiva, onde seu propósito é formar homens preparados para o futuro imprevisível, ou seja, um homem não para conhecer as situações, e sim, um homem para saber se posicionar e agir no momento de acordo o aprendido.
Ele também defende uma psicologia de que a escola é um centro onde se vive e não onde se prepara para viver, inserido em pensamentos psicológicos para a transformação escolar. Acreditando que a mudança e o progresso para acompanhar o crescimento do mundo só são possíveis através da educação, onde vê a escola como uma instituição inteligentemente planejada para preparar o individuo para a existência em permanente mudança, da qual ele fará constantemente parte.
Ressalta as alterações que vieram mudar esse quadro de escola tradicional para a escola nova ou progressiva, como:

- Precisavam-se preparar homens para indagar e resolver por si seus problemas;

- Construir a escola, não para preparar o indivíduo para um futuro conhecido, e sim, para um futuro imprevisível.

Demonstra que a moral atualmente não é uma coisa individual, onde se percebe diferentes morais sociais, baseando-se através da filosofia, onde explica que a inteligência está diretamente ligada a sociedade, onde o homem pensa em sociedade e para a sociedade.
E nesse aspecto de vivencia social ainda nos mantivemos a uma conduta moral ainda que restrita, onde a inteligência continua por causa dessa postura, ainda limitada. Utilizando-se da palavra moral para explicar as fases e a visão diferenciada que perpassa o individuo, ajudando-o no seu fracasso ou no seu sucesso na sua vivencia social e devido às alterações no setor educacional, a ciência da moral e conduta passava por transformações que afetavam o ser humano, onde ele relata que a moral convencional resumia-se em aparências e preconceitos e era onde os comportamentos humanos se dividiam em bons e maus.
Acreditando também que o homem preparado educacionalmente, é aquele capaz de ir e vir com segurança, pensar com clareza, querer com firmeza e executar com persistência, tornando-se lúcido, critico e reflexivo diante das situações que o submete.
Ele ressalta também que muitos de nós ainda vivemos em um mundo acreditando que mudanças não acontecerão, que a guerra, crimes dentre outros crimes sempre acontecerão, demonstrando-nos o pouco de conhecimento e progresso que evoluímos, pois ainda temos muito para aprender, para progredir, demonstrando que estamos iniciando uma “nova ordem de coisas”.
 Anísio defende que a criança é o meio para se chegar ao resultado final, onde a sua personalidade infantil precisa ser respeitada, aceita e ouvida, deixando de ser reprimida pelos educadores, onde a atividade é de grande importância para contribuir no aprendizado espontâneo da criança, governando seu mundo a partir de sua imagem e semelhança.
Nesse livro o autor também conta com vários pensamentos de outros filósofos, como Kilpatrik, Copérnico e John Dewey para fundamentar algumas de suas respostas a respeito de seu posicionamento sobre a escola nova.
O autor defende que a democracia é o único caminho para se ter uma sociedade justa.
Para ele a filosofia é a teoria da educação, pois para explicar algumas das questões históricas sociais e culturais e onde se utiliza das questões filosóficas de John Dewey e William James para conhecer a origem da filosofia, principalmente da filosofia da educação, acreditando que tudo está em crescente mudança, por não ter atingido a perfeição.
Onde a filosofia é entendida como uma indagação da atitude que  devemos tomar diante das incertezas e conflitos da vida, pois vivemos em um mundo com diferentes interpretações sobre os fatos, e é onde a filosofia torna-se precisa.
E baseado na frase de Dewey “Se educação é o processo pelo qual se formam as disposições essenciais do homem emocionais e intelectuais para com a natureza e para com os demais homens, filosofia pode ser definida como a teoria geral da educação”, percebe-se que a educação se direciona e se transforma constantemente para um processo de entendimento do agir e do executar de forma consciente e democrática a todos os envolvidos nesse cenário que está ganhando um novo formato, uma nova compreensão e um  novo direcionamento no mundo atual e que o educador precisa também possuir sua filosofia de vida humana e da natureza do ser humano, para que compreenda que a filosofia serve para os princípios educacionais na formação de valores, de transformações sociais e de reconstruções do espaço social.

Baseada na visão do autor pode-se perceber a concepção de escola, ensino e aprendizagem defendida nesse livro, como:

Segundo Anisio a escola é a parte integrada da própria vida, ligando suas experiências ás experiências de fora da escola. Em vez de lhe caber principalmente a tarefa de transmitir os conhecimentos armazenados nos livros, deve caber-lhe a tarefa, muito mais delicada, de acompanhar o crescimento infantil, de desenvolver a personalidade da criança.
O ensino é como um guia do aluno na sua atividade dando-lhe os recursos que a experiência humana já obteve para lhe facilitar e economizar esforços.
A aprendizagem é a forma de modificar a conduta humana na aquisição de alguma coisa que reaja sobre a vida e, de algum modo, lhe enriqueça e aperfeiçoe o sentido e não somente fixar na memória, nem dar expressão verbal e própria ao que se fixou na memória.     
Enfim, no termo geral o autor através desse livro vem nos despertar o sentimento de transformação e aprendizado de forma a ligação com as nossas experiências diárias, onde a escola precisa enquadrar-se nesse novo cenário de desenvolvimento, aquisição do saber e aprendizado de forma significativa, gratificante, ampla e benéfica, deixando de lado uma educação baseada na transmissão de saberes insignificantes e limitada por livros e guiados somente pelos educadores, tornando os alunos um ser restrito e submisso na aquisição do saber sem nenhum valor para a sua vivencia diariamente, ou seja, a extinção da escola e do ensino tradicional.

  Homenagem de alguns alunos para Anisio Teixeira



 Referência bibliográfica

TEIXEIRA, Anísio. Pequena introdução à filosofia: a escola progressiva ou a transformação da escola. 5ª Edição.

Notas de fim
  1. Resumo do livro Pequena introdução à filosofia da educação: a escola progressiva ou a transformação da escola, de Anísio Teixeira.





Um comentário:

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